Vai ter Congos e Chinês na Sapucaí neste ano

Tradicionais escolas de samba de São João da Barra, quase centenárias, Congos e Chinês estarão representadas na Sapucaí neste ano. A escola de samba mirim Aprendizes do Salgueiro, que desfila na sexta-feira que antecede o desfile das campeãs, 7 de março, vai homenagear a carnavalesca Maria Augusta, que é sanjoanense, e relata a lembrança dos blocos rivais. No desfile, as escolas estarão representadas por um casal de destaques.
— Nosso enredo puxa o histórico de festas populares que Maria Augusta viveu em São João da Barra. Ela nos pediu, pessoalmente, que fosse colocado em destaque o boi Jaraguá e os bois, que segundo ela ocorriam no Carnaval e por isso são bois de carnaval, não de folclore, como ocorre atualmente. Também mencionamos o antigo Rancho Recreio das Flores, que era organizado nas imediações da Usina Barcelos, além do desfile de Caboclinhos e bailes que ocorriam em Campos. Congos e Chineses estão em nosso desfile representados por um casal de destaque — Lucas Marques, um dos carnavalescos da agremiação.

O enredo “Uni-Duni-Tê: O Aprendizes escolheu você” vai exaltar a trajetória da sanjoanense Maria Augusta, carnavalesca e comentarista de desfiles. Formada pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a artista passou por agremiações como Salgueiro, União da Ilha, Tuiuti e Beija-Flor. Como comentarista, atuou em emissoras como Globo, Manchete e CNT.
Maria Augusta tem 83 anos. A sinopse do enredo da Aprendizes do Salgueiro conta que ela cresceu na Usina Barcelos, da qual seu pai era gerente, e herdou da mãe, a folclorista Ana Augusta Rodrigues, a paixão pelo popular. Relata a lembrança dos bois pintadinho e Jaraguá, o Rancho Recreio das Flores e os “tradicionais blocos rivais: Congos e Chineses na cidade de São João da Barra”.
O samba-enredo, o município de origem da homenageada também é mencionado: “São João da Barra, descoberta do meu Carnaval. Meus olhos brilhavam nas cores. Rancho das Flores, meu quintal”.