Com carta branca de Wladimir, Fred Rangel precisa articular presidência junto aos pares

O vereador reeleito Fred Rangel (PP) não é só o preferido de Wladimir Garotinho (PP) para a presidência da Câmara de Campos, como mostrou o Manchete RJ (aqui). Ele já tem carta branca do prefeito para conseguir se viabilizar junto aos outros 18 vereadores eleitos do grupo. A intenção é manter a união e eleger a Mesa com os 19 que conquistaram o mandato no mesmo palanque, mas, na prática, o número necessário para vencer é de 13 votos.

Ao blog, Wladimir já disse (aqui) que definirá a Mesa com os eleitos, que são realmente os que votam, e os presidentes dos partidos da coligação. Outra figura importante neste tabuleiro é o vice-prefeito Frederico Paes (MDB), que tem acompanhado de perto e participado ativamente das articulações.

O que impede, ao menos por ora, de cravar Fred como futuro presidente da Câmara é que ele tem carta branca para se viabilizar, um grande passo, mas ainda não há uma posição oficial do prefeito junto aos demais vereadores. E, principalmente, falta apoio claro dos governistas eleitos e reeleitos ao nome dele. Para comparação, em 2020, encerrado o segundo turno, mesmo com um número bem menor de vereadores aliados, já era possível cravar a vitória de Fábio Ribeiro (PP).

Nos últimos movimentos de presidentes partidários, a questão da proporcionalidade pesou a favor do PP. Com sete cadeiras, tudo indica que sairá de lá o presidente — essa é a tendência. Mas política, sendo bem clichê, é como nuvem. E muita coisa pode mudar até a eleição de 1⁰ de janeiro.

Em relação a Fred Rangel, há rumores de que ele tem conversado mais com presidentes de partidos do que com os vereadores eleitos. Nem no próprio PP há, ainda, unanimidade em relação a nenhum nome. Até o momento nada tira a posição dele de favorito, mas ainda estão como possíveis candidatos do seu partido Kassiano Tavares, Marquinho do Transporte e Professor Wainer Teixeira.

Se Fred mira presidentes de partido, abre brecha para que outros nomes busquem o apoio de vereadores. Cabo Alonsimar (PDT) estave nessa empreitada, mas desistiu após uma conversa com Frederico Paes (aqui). Agora, quem tem se mostrado nas articulações junto aos pares é Juninho Virgílio (Podemos).

O primo do ex-vereador Thiago Virgílio, ferrenho aliado dos Garotinho, tenta fazer valer um combinado antigo, fechado na polêmica eleição da Mesa em 2022, que acabou sendo vencida pela oposição. Thiado, inclusive, tinha falado sobre esse acordo, em maio, no Manchete Podcast (aqui). E tem participado de reuniões junto com Juninho.

No fim, todos os nomes colocados dizem aguardar o posicionamento do líder do grupo, Wladimir. Se o prefeito tem uma preferência, mas disse que esse nome precisaria se viabilizar, é natural que, até que seja batido o martelo, quem almeja o mesmo posto articule até para inviabilizá-lo. Como é nuvem, nessa jogo político tudo pode mudar a todo tempo.

A conferir!

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Arnaldo Neto

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