Juninho Virgílio: “Sou candidatíssimo à presidência da Câmara”
Vereador reeleito, Juninho Virgílio (Podemos) não é só candidato, mas, nas próprias palavras, “candidatíssimo à presidência da Câmara” de Campos. Em entrevista ao blog nesta segunda-feira (28), o vereador reeleito refirma o que externou seu primo e aliado Thiago Virgílio, em entrevista ao Manchete Podcast no mês de maio deste ano (aqui): que há um acordo com o prefeito Wladimir Garotinho (PP) pela presidência do Legislativo. Juninho disse que vem construindo sua candidatura com os pares e que tem o aval do prefeito para isso. Não vê como questão fechada a propagada tendência de que o próximo presidente da Casa saia do PP, parido de Wladimir e que também somou mais votos neste ano, resultando na maior bancada. Rechaça o apontado (aqui) favoritismo de Fred Rangel (PP): “O Fred é um grande companheiro, alguém que sempre teve meu respeito. Porém, ao conversar com os vereadores, não vejo esse favoritismo dele na disputa pela mesa diretora”.
Seu nome é ventilado como possível candidato a presidente da Câmara desde 2022, quando seu grupo perdeu a Mesa. Agora é oficial, você está nessa disputa? Se sim, por que você quer ser o próximo presidente da Câmara de Campos?
Juninho Virgílio — Sim, sou candidatíssimo à presidência da Câmara. Desde o início do meu mandato, venho me dedicando ao trabalho legislativo e já tive a oportunidade de atuar como vice-presidente da Câmara. Além disso, passei pela função de Secretário de Governo do município e, atualmente, lidero a base de governo aqui na Câmara. Com essa trajetória, acredito que posso contribuir para que a Câmara se torne ainda mais participativa e próxima das demandas da nossa população. Meu objetivo é construir uma gestão que valorize o diálogo com os vereadores e com a comunidade, sempre com transparência e responsabilidade, fortalecendo o papel da Câmara no desenvolvimento da nossa cidade.
Wladimir já disse (aqui) que ainda vai definir o nome do grupo para a disputa, junto aos vereadores eleitos e presidentes de partidos da coligação. Você já conversou com ele sobre suas pretensões? Se sim, qual o posicionamento dele? E qual a sua avaliação sobre o papel do prefeito nesta eleição da Mesa?
Juninho — Sim, desde o final de 2022, já conversei com o prefeito Wladimir Garotinho sobre minhas pretensões, e ele conhece meu desejo de contribuir ainda mais com a cidade, assumindo a presidência da Câmara. E já conversamos diversas vezes para alinhar nossos objetivos. E todas as articulações que estamos fazendo é com o aval dele. Acredito que juntos podemos avançar em uma gestão que valorize o diálogo com os vereadores e que priorize as demandas da população. Acredito que o papel do prefeito é primordial nessa decisão final. Embora os poderes sejam independentes, o nosso grupo elegeu 19 das 25 cadeiras, e essa união é fundamental para garantir a governabilidade que o prefeito precisa para avançar nos projetos da cidade. No final, todos devem seguir a orientação do prefeito, já que ele representa o compromisso que firmamos com a população. Essa unidade é o que permitirá que a Câmara e o Executivo trabalhem alinhados para entregar resultados concretos para Campos.
O vice-prefeito Frederico Paes também tem participado dessa articulação. Inclusive, após conversar com ele, Cabo Alonsimar (PDT) deixou a disputa (aqui). Você também já falou com ele? Seu primo Thiago disse que o vice era testemunha de um acordo no grupo para que você seja o próximo presidente. Esse ponto já foi conversado também?
Juninho — Sim, tenho acompanhado pelas redes sociais e pela mídia que o vice-prefeito Frederico Paes está atuando nas articulações para a presidência da Câmara. Meu amigo e vereador reeleito, Cabo Alonsimar, havia lançado sua candidatura, mas, após uma conversa com o vice-prefeito, ele decidiu se retirar da disputa. Eu conversei com o Alonsimar, assim como com outros vereadores. O próprio Alonsimar disse na tribuna da câmara que gostou muito do nosso projeto de uma câmara mais participativa. E assim como todos os outros companheiros ele aguarda uma orientação do prefeito Wladimir Garotinho. Na reunião de 2022, em que esse compromisso foi firmado, estávamos eu, Thiago Virgílio, o prefeito, o vice-prefeito, e o companheiro vereador reeleito Fábio Ribeiro (PP), o que fortaleceu esse entendimento. No entanto, até agora, ainda não tive uma conversa específica com o vice-prefeito sobre a eleição da Mesa.
Como você viu o movimento da reunião dos presidentes de partidos, apontando como tendência de que o próximo presidente será do PP? Há tempo de reverter?
Juninho — Até recebi uma matéria relacionada a essa reunião, que segundo informações foi convocada por Mauro Silva e Thiago Ferrugem. Mas, sinceramente, não acredito que os presidentes dos partidos tomariam uma decisão dessas sem ouvir os vereadores eleitos por suas siglas. Estou muito tranquilo em relação a isso, até porque o presidente do meu partido, Marcelo Mérida, sabe que sou candidatíssimo ao cargo de presidente da Câmara.
E sobre Fred Rangel, hoje, apontado como favorito, qual a sua opinião?
Juninho — O Fred é um grande companheiro, alguém que sempre teve meu respeito. Porém, ao conversar com os vereadores, não vejo esse favoritismo dele na disputa pela Mesa Diretora. Tenho mantido um diálogo constante com os colegas, tanto eleitos quanto reeleitos, e todos têm demonstrado bastante receptividade à nossa proposta. Eles entendem que estamos preparados para assumir a presidência nesse primeiro biênio. Se falarmos de favoritismo dentro do PP, até posso acreditar, mas, no contexto da coligação como um todo, pelas conversas que tenho tido com os amigos vereadores, não consigo enxergar esse favoritismo.
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