Rosinha é alvo da PF em ação contra fraude na previdência; confira investimentos “duvidosos”
Ex-governadora do Rio de Janeiro e ex-prefeita de Campos, Rosinha Garotinho foi alvo (aqui), nesta terça-feira (28), da Operação Rebote, da Polícia Federal. A ação é contra uma suspeita de fraude no Instituto de Previdência de Campos (Previcampos), nos últimos meses da gestão Rosinha no município. A defesa dela já se manifestou à imprensa, alegando não ver razão que justifiquem a apuração, decorrido tanto tempo do fato investigado e falou em constrangimento à família.
A PF investiga um rombo de R$ 383 milhões na PreviCampos. Segundo as investigações, no fim de 2016 a maior parte dos investimentos estava nas mãos de fundos suspeitos, de alto risco e com baixo retorno. Agentes saíram para cumprir 18 mandados de busca e apreensão em Campos, na capital fluminense, em São Paulo e em Santos (SP).
Em agosto de 2019, uma reportagem da Folha da Manhã (aqui) mostrou que no fim da gestão Rosinha mais de R$ 457 milhões do Previcampos foram investidos em fundos considerados, no mínimo, “duvidosos”. Na lista de investimentos de risco, um hotel seis estrelas na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, cujo um dos sócios era o empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, o chamado “rei Arthur”. O Hotel LSH fica de frente para o mar, tem piso de mármore e até suítes com piscinas e pátios privativos.
Ainda há outro hotel luxuoso em Trancoso, Bahia. Também em Trancoso, há investimento em um condomínio de luxo e um condomínio em São Paulo. Uma rede interligada, que faz lembrar as famosas “pirâmides”, onde a queda de um gera uma reação negativa em cadeia. Os dados faziam parte de um relatório da Fundação Instituto de Administração (FIA), posteriotmente utilizados na CPI da Previcampos.