Ministro quer conhecer de perto impactos do avanço do mar em Atafona
O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, quer conhecer de perto o impacto do avanço do mar em Atafona, litoral de São João da Barra. Na agenda da última semana (aqui) —, Góes sinalizou a intenção de visitar a localidade no mês de julho. No encontro para buscar uma solução para a questão do avanço do mar, o ministro mostrou disponibilidade da pasta caso haja um projeto para contenção.
A reunião da semana passada foi articulada pelo deputado federal Murillo Gouvêa (União) e contou com a participação da prefeita Carla Caputi (sem partido), os nove vereadores do município e o secretário estadual de Habitação, o deputado estadual licenciado Bruno Dauaire (União), e da secretária municipal de Meio Ambiente, Marcela Toledo. Pela parte técnica, o geógrafo marinho Eduardo Bulhões representou a Universidade Federal Fluminense (UFF), enquanto João Siqueira representou o Comitê do Baixo Paraíba.
De concreto, Gouvêa afirmou que vai liberar quase R$ 2 milhões para que a UFF realize o Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental. O objetivo é compara as alternativas de intervenção a partir de uma mesma matriz que considera aspectos técnicos, econômicos e ambientais para apontar a alternativa mais ajustada, como explicou Bulhões.
Há mais de 50 anos a erosão costeira vem redesenhando a paisagem de Atafona. São cerca de três metros a menos de faixa de areia a cada ano. Desde a década de 1960, mais de 15 ruas e 500 casas foram engolidas pelo mar. O assunto é recorrente no noticiário, inclusive internacional. Projetos mais consistentes de uma possível contenção, ou mitigação dos estragos, estão em debate desde 2013 — no entanto, até o momento, nada saiu do papel.