Marcelo Feres volta ao comando da Educação em Campos
O professor Marcelo Feres vai reassumir o comando da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia de Campos nesta quarta-feira (8). As portarias, a que nomeou Marcelo e a que exonerou Tânia Alberto, nome indicado pelo próprio Feres enquanto eles esteve fora do comando da pasta, foram publicadas em edição suplementar do Diário Oficial desta segunda (6).
Em outubro (aqui), o blog antecipou que Feres voltaria a ser secretário. Só não havia certeza se seria no fim de 2024 ou agora, no início de 2025. A questão era burocrática, como servidor da rede federal, precisava ser liberado pelo Ministério da Educação. Como relatou Marcelo à época, em termos políticos a volta já estava acordada.
Secretário do início do governo Wladimir Garotinho (PP) até abril do ano passado, Marcelo Feres foi candidato a vereador pelo PDT. Nas urnas, obteve 2.360 votos, encerrando o pleito como segundo suplente da sigla.
Ideb e polêmica da aprovação automática
Às vésperas do período eleitoral, uma polêmica envolvendo a gestão Wladimir, na pasta comandada por Feres, foi em relação ao desempenho do município no Ideb. Os governistas comemoram “a maior nota do Ideb de Campos”. Por outro lado, a oposição questionou os números, afirmando que foram mascarados por aprovação automática. Chegou a circular o vídeo de uma entrevista de Feres ao Manchete Podcast (aqui), em abril de 2023, no qual ele falava sobre o tema:
— Colocamos por dois anos, o mesmo tempo de duração da pandemia, a progressão automática, que é diferente da aprovação automática. Ainda no ano passado (2022), em junho, julho, identificamos que muitos alunos, metade da turma ou mais, que seria reprovados. Você imagina o que isso significaria após dois anos de pandemia. Qual é o indivíduo que gosta de ser reprovado? A ideia de reprovação é de fracasso. O que a gente tem que fazer é estimular. (…) A progressão continuada é uma ferramenta para que a recuperação seja contínua. Ela cria caminhos para que a recuperação seja contínua. Eu tenho o ensino que está acontecendo dentro do currículo e várias estratégias de recuperação do aprendizado do estudante — disse o então secretário, que complementou: “Uma reprovação em massa levaria muitos alunos a abandonar a escola”.
No período de questionamentos eleitorais sobre nota do Ideb, Feres voltou a se posicionar nas redes sociais e comparou números de Campos com Maricá, gerida pelo PT, partido de um dos nomes da oposição, o Professor Jefferson, que questionavam a nota. “Em Maricá, em cada 100 alunos, 98 foram aprovados. Em Campos, em cada 100, cinco alunos foram reprovados. Portanto, onde é que está havendo aprovação automática? É em Campos mesmo? Não cabe essa discussão de aprovação automática com uma prova de Saeb vitoriosa que nós tivemos”.
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