Líder do governo, Álvaro Oliveira diz que CPI da Educação em Campos é ilegal

Líder do governo, Álvaro Oliveira diz que CPI da Educação em Campos é ilegal
  • Publishedoutubro 17, 2023

Líder do governo Wladimir Garotinho (sem partido) na Câmara de Campos, o vereador Álvaro Oliveira (PSD) afirma que a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Educação é ilegal. E diz que já comunicou ao presidente da Casa, Marquinho Bacellar (SD), sobre a possibilidade de judicializar o caso. Em entrevista ao Manchete Podcast dessa segunda-feira (16), gravada horas antes de Bacellar anunciar (aqui) o arquivamento de outros três pedidos de CPI, Álvaro afirmou que a da Educação é a segunda maior ilegalidade da história do Legislativo goitacá.

— As CPIs são instaladas em ordem cronológica de apresentação. Existem pelo menos outras quatro CPIs protocolizadas em 2022. Eu tenho uma da Enel de março de 2022. Tudo isso está sendo esquecido pela atual presidente, que diz primar pela legalidade. Essa é a segunda maior ilegalidade nesses mais de 300 anos de existência da Câmara de Campos — afirmou o vereador.

Álvaro relatou que a única irregularidade superior na história da Câmara foi a recente votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), quando a oposição, com maioria, impôs emendas ao texto do prefeito, sem a presença da base na votação. Vale lembrar que, posteriormente, Wladimir reconquistou a maioria e vetou as emendas da oposição. Questionado sobre a postura da base, que não judicializou o caso, ele disse:

— Íamos judicializar aquela sessão, era flagrante a irregularidade. E aí o próprio prefeito nos solicitou para não judicializar, por conta da pacificação, para que não expusesse o atual presidente pela irregularidade que cometeu. E ele continua querendo cometer novas irregularidades.

Sobre a pacificação, o líder do governo diz que o fim foi decretado pela oposição. Ressaltou que no mesmo dia do anúncio da ruptura, ele discursou para informar que a base continuava com o acordo. E conta que vai exigir do prefeito o fim de cargos ocupados por indicações da oposição, segundo ele, duas secretarias fechadas. “Vamos começar a exigir, a solicitar até como forma de exigência ao prefeito, que se não há pacificação, não tem porque membros da oposição terem indicações no governo. Se acabou a pacificação, acabou por conta deles da oposição”, pontuou.

Em relação cenário eleitoral, vê o surgimento de nomes para disputa com Wladimir no próximo ano como forma de confundir a população: “Acho que estão jogando com o imaginário da população para tentar confundir. É inegável que o trabalho do prefeito é muito bom e que ele tem grande possibilidade de se reeleger no primeiro turno”. Álvaro, que é suplente do PSD, diz que pretende novamente disputar uma cadeira na Câmara no próximo ano. Ainda não definiu partido. Relatou que as discussões pessoais derrubam a confiança da população no Legislativo. E acredita que se o cenário persistir assim, o resultado do pleito de 2024 pode ser novamente de grande renovação nos quadros da Casa.

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