Fim da pacificação: Câmara de Campos abre CPI da Educação
A Câmara de Campos anunciou, nesta terça-feira (10), a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a área da Educação, sob o comando do secretário Marcelo Feres. Está é a primeira CPI que mira diretamente a gestão Wladimir Garotinho (sem partido). O movimento pode ser considerado o fim da pacificação política, como o blog havia antecipado há pouco (aqui). Não demorou muito para Marquinho Bacellar (SD) oficializar na tribuna da Casa o fim da pacificação. Pouco depois, o líder do governo na Câmara, vereador Álvaro Oliveira (PSD), afirmou que, no que depender da base, o acordo de pacificação está mantido.
O memorando da presidência da Câmara, lido logo no início da sessão, foi direcionado aos líderes partidário. A reunião para deliberar a composição da CPI será na próxima terça-feira (17). “Com a finalidade de investigar a situação caótica da educação municipal, principalmente no que tange a utilização de recursos do Fundeb, nas adesões de atas de licitações com valores suspeitos, nos aditivos dos contratos e nas compras com valores acima do mercado”, leu o primeiro secretário da Casa, Maicon Cruz (sem partido).
Marquinho Bacellar fala do fim da pacificação na tribuna
O presidente da Câmara foi o primeiro a utilizar a palavra na tribuna da Câmara, para destacar suas indicações. Ele relatou o episódio de fiscalização à Escola Municipal Alcindor Bessa e comentou sobre a resposta do prefeito Wladimir, que diz aguardar uma liberação da Secretaria Estadual de Educação.
— Realmente a escola precisa de uma liberação do Estado. Liguei para o secretário (municipal), Marcelo, e liguei para Roberta (Barreto), secretária de Educação do Estado — disse o presidente afirmando que mostrou a situação para ela e que a secretária informou que vai agilizar a situação.
Pouco depois, Marquinho falou sobre o fim da pacificação. “Se a gente tinha um acordo de resolver nossos problemas, que a população traz, de forma direta com os secretários e ele (Wladimir), e esse acordo foi rompido por parte dele… Pacificação irá existir, quando for para o bem da população. Fora isso, não tem acordo com o prefeito. Está encerrado”, discursou.
Depois foi a vez do líder do governo, Álvaro Oliveira, falar sobre a possibilidade de manutenção da pacificação política. ”Realmente como o senhor (Marquinho Bacellar) disse, quando a gente quer, a gente faz acontecer. O senhor prontamente ligou para o Estado, pedindo para que a secretária liberasse esse ofício que data do dia 19 de julho de 2023. Tão logo houver a liberação, vai haver todo o trâmite para a obra. (…) Na nossa visão, base do governo, a pacificação está mantida. Nós não rompemos nada! Então, se houver algum rompimento, que nós também possamos conversar”, pontuou.
O blog tenta contato com Marcelo Feres e com o prefeito Wladimir Garotinho.
Pacificação — A relação dos vereadores de oposição com o Executivo já não ia muito bem há alguns meses. Movimentos recentes acirraram os ânimos. O que ainda não se sabe é o reflexo dessa atual decisão na relação do prefeito Wladimir Garotinho com o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (PL) — e de como isso vai ecoar para o governador Cláudio Castro (PL).
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