Bacellar: Wladimir quer jogar para o Estado responsabilidade que não é nossa

Bacellar: Wladimir quer jogar para o Estado responsabilidade que não é nossa
  • Publishedjunho 16, 2025

Governador em exercício do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacellar (União) esteve em Campos e São Francisco de Itabapoana nesta segunda-feira (16) para inaugurar dois destacamentos do Corpo de Bombeiros (Farol e SFI), além de lançar a pedra fundamental da nova Policlínica da Polícia Militar. Ainda prometeu, para daqui a cerca de 40 dias, a expansão do programa Segurança Presente em Guarus e colocou prazo de cinco a seis meses para a liberação da Estrada dos Ceramistas. Fora as questões administrativas, a passagem também teve tom político, com citações sobre o tabuleiro político de 2026 e resposta a Wladimir Garotinho (PP), ao afirmar que o prefeito quer jogar “nas costas do Estado uma responsabilidade que não é nossa”.

Inauguração do DBM do Farol

A visita do governador em exercício foi acompanhada por um grupo de deputados estaduais, incluindo nomes da região como Carla Machado (PT), Chico Machado (SD) e Thiago Rangel (PMB) — e os parlamentares licenciados e atuais secretários estaduais Bruno Dauaire (União) e Jair Bittencourt (PL). A provável candidatura a governador de Bacellar no próximo ano foi tratada de forma clara por quase todos os que o acompanharam, assim como, de certa forma, já havia acontecido na reeleição por unanimidade para a presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), em fevereiro.

Wladimir conseguiu estar presente nas discussões, mesmo sem estar fisicamente nas entregas realizadas na cidade que ele governa. Isso porque, um dia antes da agenda do governador em exercício, ele usou as redes sociais para levantar o debate sobre o que classifica como uma “asfixia financeira intencional que vem sendo imposta à saúde de Campos desde que um campista assumiu a presidência da Assembleia Legislativa”. A pauta foi explorada por quase todos os veículos de imprensa, e retrucada por Bacellar.

— A maior prova do que a gente fez por Campos é que nos últimos quatro anos do governador Cláudio Castro (PL) foram destinados para a cidade um total R$ 2 bilhões. Foram R$ 2 bilhões, dos quais R$ 453 milhões foram para a Saúde. Salvo engano, ao que me consta, eu não vi a Prefeitura prestar contas até agora. Nem por isso eu gravei vídeo ou critiquei, continuamos a colocar. Se eu estivesse aqui de perseguição política, eu faria asfixia lá atrás, para atrapalhar a reeleição dele. Mas, pelo contrário, fiz aquilo que outros governadores que aqui em Campos estiveram e não fizeram. Fomos o governo na história que mais investiu nessa cidade — discursou Rodrigo.

O governador em exercício cobrou a virtude da gratidão ao falar sobre os números e disse que está aberto ao diálogo. “Para de palhaçada, tenha maturidade, porque a gente está disposto a conversar a hora que quiser, mas não vai ser achacando e agredindo as pessoas, gravando videozinho ou incitando a população que vai ter conversa. Quem conhece o meu perfil e da minha família, sabe: no desaforo, meu filho, não leva nem a pau”, ressaltou.

Pedra fundamental da Policlínica da Polícia Militar

Rodrigo assegura que, independentemente da configuração política do próximo ano — se será ou não candidato a governador e se Wladimir estará ou não no mesmo palanque —, o Governo do Estado continuará com investimentos na cidade de Campos. Questionado diretamente sobre o motivo da publicação do prefeito, no que chamou de “asfixia financeira intencional que vem sendo imposta à saúde de Campos”, Rodrigo foi direto:

— Talvez ele esteja sofrendo de amnésia ou alguma coisa assim. Mas, com todo carinho e respeito ao prefeito da cidade, acho que está faltando um pouco de maturidade, de a gente sentar na mesa. Ele deve estar com algum problema contábil na Prefeitura, por erro de algum secretário. Acho que com essa preocupação de equacionar as contas, deve estar querendo achar um bode expiatório e jogando nas costas do governo uma responsabilidade que não é nossa.

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