Fábio Ribeiro sobre presidência da Câmara: “Entrei com uma missão, que foi cumprida”

Fábio Ribeiro sobre presidência da Câmara: “Entrei com uma missão, que foi cumprida”
  • Publishedagosto 28, 2023

Fábio Ribeiro (PSD) deixou a presidência da Câmara de Campos, após dois anos de muita polêmica, e assumiu a Secretaria de Obras do governo Wladimir Garotinho (sem partido). No Manchete Podcast desta segunda-feira (28) ele afirma que está feliz na nova função, admite erros estratégicos do grupo na condução da eleição da Mesa Diretora, mas diz que tudo foi necessário para um amadurecimento político (veja a íntegra ao fim do post).

Ao fazer um balanço sobre o cenário político no qual o grupo dos Garotinho voltou ao poder, ele destaca que precisou colocar em pauta algumas medidas impopulares. “Não me arrependo. Entrei com uma missão e a missão foi cumprida. Campos está em um momento muito melhor hoje. Muito melhor hoje financeiramente falando, muito melhor hoje até politicamente falando. Por mais que a gente tenha entraves, a gente está em uma pacificação e isso está trazendo certo desenvolvimento”, disse. Para ele, “o caos gerou um prefeito mais maduro (…), um Legislativo mais maduro”.

Fábio já se coloca como pré-candidato à reeleição e tem o desejo de ingressar no mesmo partido do prefeito — Wladimir vai para o PP. Ele acredita que toda a confusão na Câmara, das votações polêmicas até a eleição da Mesa, fez com que a população conhecesse melhor os vereadores e espera que isso possa pesar na decisão de votos da população. Assim como também diz torcer por mulheres na nova composição da Casa, que será eleita em 2024.

Em relação à condução da Câmara após sua presidência, criticou o que chamou de exageros. Como exemplo, falou do protesto com balde de esgoto no plenário da Casa. Ressaltou que o ideal de remanejamento autorizado ao Executivo deveria ser de 20%. Sobre a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aliás, afirma que foi ilegal, que viu o regimento atropelado. E até se colocou à disposição com outros nomes do grupo para judicializar o caso, em defesa da legalidade.  

Da função de secretário de Obras, alfinetou a gestão Rafael Diniz, dizendo que foram “quatro anos sem investir um prego no município”. Rebateu críticas de vereadores de que obras acontecem na área central da cidade, mas intervenções não chegam a bairros e distritos mais distantes: “Tem obra para todo lado”.

Sobre críticas de adversários políticos, diz que o caminho tem sido procurar a Justiça quando se sente ofendido, quando, nas palavras dele, o jogo não é na bola. Não quis citar nomes, nem deu muitos detalhes, mas deixou nas entrelinhas que move ação contra Dandinho de Rio Preto, vereador que foi eleito no mesmo PSD que ele, mas que foi para a oposição. Questionado sobre fogo amigo, na disputa por territórios, ele também não negou:

— Entendo que a obra é do povo, feita pelo prefeito, pelo poder Executivo. E a gente está em missão. Eu, como secretário de Obras, tenho o dever de visitar obras para fiscalizar. Apesar de não ter feito muito, quando eu fiz levei pancada mesmo de fogo amigo. Mas não vou me restringir por causa disso. Já conversei com todo mundo.

Confira a entrevista completa:

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