Dos 25 vereadores de Campos, 21 trocaram de partido na janela
Com o fim da janela partidária, no último sábado (06), e as mudanças ocorridas devido à cassação de seis vereadores, em processo por fraude à cota de gênero, a Câmara de Campos tem um panorama bem diferente, sobretudo na composição partidária, do resultado das urnas em 2020. Apenas quatro vereadores seguem nas siglas nas quais foram eleitos no último pleito: 21 mudaram de sigla. Até mesmo os novos vereadores, que participaram da primeira sessão nesta quarta-feira (10), já trocaram estão de partido novo. A grande maioria dos ex-vereadores da atual legislatura (incluindo os cassados e suplentes que chegaram a assumir) também optou por novas siglas.
Anderson de Matos (Republicanos), Leon Gomes (PDT), Luciano Rio Lu (PDT) e Silvinho Martins (MDB) são os únicos que mantiveram a filiação partidária de 2020.
Eleitos pelo Avante, Abdu Neme foi para o PL; André Oliveira, MDB. Do Cidadania, Fred Machado foi para o PSD, enquanto Tony Siqueira, para o PL. O PRTB ganhou uma cadeira com Álvaro César, mas ele já foi para o MDB. O DC teria uma cadeira, mas Jorginho Virgílio já está no União Brasil. O PSB seria outra sigla a ganhar uma cadeira, mas Fabinho Almeida também está no União.
O SD chegaria a terceira cadeira, com Beto Abençoado, mas todos os eleitos pela sigla já a deixaram. O presidente da Casa, Marquinho Bacellar, e Igor Pereira foram para o União, enquanto Beto entrou para o PL.
Do PSD, que agora só tem Fred, saíram Dandinho de Rio Preto, Fábio Ribeiro, Fred Rangel e Kassiano Tavares. Dandinho foi para o União, os demais seguiram o mesmo cominho do prefeito Wladimir, que trocou o PSD pelo PP. O Progressistas ainda contará com Bruno Pezão (eleito pelo PL) e Marquinho do Transporte (que saiu do PDT).
O PDT manteve as três cadeiras, já que Cabo Alonsimar (eleito pelo Podemos) foi para o partido, junto aos remanescentes Leon e Rio Lu. O Podemos passou a contar com Edson Batista e Juninho Virgílio, eleitos pelo antigo Pros.
O Solidariedade é a nova casa de Helinho Nahim, que foi eleito pelo antigo PTC (Agir). Já Raphael Thuin trocou o PTB pelo PSDB.
Força das bancadas
As mudanças ocorridas pelas trocas de partido e pela cassação dos vereadores fez com que Wladimir ampliasse a base na Câmara. O prefeito, que chegou a ter minoria na Casa (11 vereadores), agora conta com 17 aliados, enquanto a oposição (que já teve 14) conta com oito.
Por sigla, as duas maiores bancadas são a do PP, do prefeito, com cinco vereadores, e do União Brasil, do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, também com cinco. Na composição, porém, o grupo dos Garotinho chega a 17, incluindo um do Republicanos, dois do Podemos, três do MDB, três do PDT e três do PL. Já os aliados do Bacellar, além dos cinco do União, estão no PSD (um), PSDB (um) e Solidariedade (um).
Ex-vereadores da atual legislatura também trocam de sigla
Os seis vereadores cassados no processo de fraude à cota de gênero estão elegíveis para o pleito de outubro. E todos também de partido para a disputa deste ano, em relação ao pleito de 2020. O suplente que mais tempo exerceu o mandato na atual legislatura, também terá sigla nova.
Os ex-vereadores Bruno Vianna e Nildo Cardoso foram eleitos pelo PSL, enquanto Marcione da Farmácia e Rogério Matoso, pelo DEM. Em 2022, houve a fusão do PSL com o DEM, formando o União Brasil. Mas os quatro estão em siglas diferentes. Bruno foi para o PSD desde 2022 e continua por lá. Nildo foi para o PL, Marcione para o MDB, e Matoso, SD.
Maicon Cruz, eleito pelo antigo PSC, foi para o PSD. Pastor Marcos Elias, também do antigo PSC, agora está no Podemos.
Suplentes — Apesar de ter sido suplente pelo PSD, Álvaro Oliveira ficou mais tempo na Casa do que alguns vereadores eleitos. Ele também mudou se sigla para o próximo pleito, foi para Republicanos. Outro suplente que passou pela Câmara nesta Legislatura, Paulo Arantes segue no PDT.