Câmara de SJB homenageia jornalista Edevigens Cardozo com a Medalha João Oscar
A Câmara de São João da Barra vai promover, no próximo dia 29, às 19h, a entrega da Medalha João Oscar do Amaral Pinto. Nesta edição, a homenagem será concedida ao jornalista sanjoanense, Edevigens Monteiro Cardozo, que tem 43 anos de carreira, sendo 40 deles na Rede Globo. Edevigens, que nutre um carinho muito especial por sua terra, atualmente é um dos editores do programa Bom Dia Brasil, onde está há nove anos. Ele conta que ficou surpreso, mas orgulhoso com a homenagem. “Há inúmeras pessoas que merecem essa honraria. É um orgulho receber uma medalha com o nome de um mestre como João Oscar, com quem tanto aprendi”.
Trajetória – Edevigens começou a trabalhar na Globo aos 20 anos de idade, levado pelo irmão Lenildo Cardoso, também jornalista da emissora. Atuou em quase todos os telejornais, com destaque para a editoria de Esportes onde ficou por mais tempo. Foi também editor-chefe do Sportvnews, no Sportv. Além do Rio, trabalhou em São Paulo, Brasília, Maceió e Belo Horizonte. Ainda jovem, foi requisitado pela direção da TV para a montagem e chefia de emissoras afiliadas da Rede Globo em Petrolina (PE) e Bauru e São José do Rio Preto (SP). Participou ativamente da cobertura de oito Copas do Mundo de Futebol e 10 Olimpíadas, além de atuar nas principais coberturas de eleições pelo Brasil. Em sua carreira, chegou a passar por outros veículos e, de 2013 a 2014, ocupou o cargo de secretário de Comunicação na Prefeitura de São João da Barra.
Família – O homenageado, que tem 63 anos, é filho de Emílio dos Santos Cardozo e Nelita Monteiro Cardozo (hoje com 96) e tem quatro irmãos. Saiu de São João da Barra quando tinha 11 anos, com sua família. Formou-se em Jornalismo em 1982, na Faculdade de Comunicação Hélio Alonso, no Rio de Janeiro. É casado com a professora Marluce Almeida Cunha e tem dois filhos: Marina, enfermeira e Gabriel, jornalista.
Memórias – Aprendeu a ler e escrever no antigo Grupo Escolar Alberto Torres e começou a gostar de língua portuguesa com as professoras sanjoanenses, Alcea Beyruth e Normea Lobato. Seu irmão Lenildo foi sua grande influência na escolha da profissão, que sempre sonhou exercer. Mas não foi o único. “Tive uma influência muito forte do Carlos Sá, nosso mestre conterrâneo. Por puro acaso fizemos Jornalismo na mesma faculdade, colega de turma. Imagina o meu orgulho!”, revela.
Embora tenha saído cedo de São João Barra, está sempre visitando o município onde está construindo uma casa e, em breve, estará de volta. “São João da Barra é especial. Não somente por ser sanjoanense. Minha família inteira, tios, primos nasceram e vivem em São João da Barra. Mesmo perdendo boas características da minha infância e adolescência, a cidade mantém o encanto. Os meus melhores amigos estão em São João da Barra”, orgulha-se Edevigens, que curte uma boa música e o Carnaval. Ele toca cavaquinho e é o autor das músicas do Bloco Raiz e do Bloco dos Mascarados.
Medalha – Criada pela resolução nº 034/2019, de autoria dos ex-vereadores Alex Firme e Aluizio Siqueira, a Medalha João Oscar visa prestar homenagem a munícipes que têm se destacado em algum campo de atuação. “Esse prêmio é direcionado ao sanjoanense que brilha. Edevigens é um conterrâneo que voou alto, trabalhou nas maiores emissoras de televisão do país, cobriu Olimpíadas e ainda tem um talento nato para a composição musical. Ele foi alicerce para a fundação do bloco Raiz e dos Mascarados. Nossa escolha para esta premiação é por puro merecimento e reconhecimento”, ressalta o presidente da Câmara, Alan Barreto.
Quem foi – Nascido em São João da Barra, no dia 6 de abril de 1939, João Oscar foi escritor, historiador, poeta, romancista, professor universitário, advogado e tabelião. Foi membro de várias academias de letras e institutos culturais, secretário Municipal de Educação e Cultura de São João da Barra e tem 14 livros publicados. Entres eles: “Apontamentos para a História de São João da Barra”, “Introdução à História Literária de São João da Barra”, “Subsídios para a História de Teresópolis”, “Narcisa Amália – Vida e Poesia”, “Escravidão & Engenhos”. Por seus trabalhos historiográficos, recebeu a importante Medalha Tiradentes, concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).