No tabuleiro de SJB, governistas se reúnem para traçar estratégia eleitoral
O ano eleitoral já começa a ter fatos importantes para a política de São João da Barra nesta terça-feira (30). Enquanto a oposição não tem um nome consolidado a prefeito, o grupo governista vai traçar as estratégias para as nominatas com o objetivo de conquistar ampla maioria na Câmara, que a partir de janeiro de 2025 contará com quatro cadeiras a mais, passando de nove para 13. Uma reunião será realizada nesta terça, às 17h30, no Sesc Grussaí, fechada para os possíveis candidatos do grupo.
O convite é direto: “seu nome estará na lista de convidados na recepção, não podendo levar acompanhantes”. O encontro é um desdobramento de outro, realizado em novembro do ano passado, para que os integrantes do grupo pudessem demonstrar interesse em disputar as eleições. Além da prefeita Carla Caputi (sem partido) e da deputada estadual Carla Machado (PT), a reunião contará com a participação do marqueteiro político André Roque, que tem maior atuação na Região dos Lagos. Em SJB, ele também esteve à frente das campanhas a prefeito de Neco e Márcio Nogueira, em 2016 e 2020.
Partidos da prefeita e da aliança
Sem adversário definido para 2024, o grupo político das “Carlas” precisa resolver questões internas, algumas até o dia 6 de abril. Uma das dúvidas é o partido pelo qual Carla Caputi buscará a reeleição. Havia a possibilidade de PSD e PP (aqui). No entanto, as nuvens mudaram: o PP está com Wladimir Garotinho, prefeito de Campos; e o PSD tem Caio Vianna, que se aproximou de Wladimir e passou a ser cotado (aqui) como possível candidato da oposição em SJB — e tem até 6 de abril para transferir o título para o município, se a estratégia realmente for essa.
Alguns partidos já estariam pavimentados no grupo político para lançar candidatos a vereador. A federação PT/PV/PCdoB vai ter nominata. E circula nos bastidores que Caputi poderia integrar uma dessas legendas. O PT, sigla na qual Machado está filiada, nitidamente enfrenta uma resistência no município. Pesquisas internas devem mostrar se essa rejeição no âmbito político nacional prejudicaria um projeto de reeleição com amplo favoritismo, segundo pesquisa de opinião divulgada no ano passado (aqui). Mas o PV seria uma saída menos traumática, já que é uma legenda mais “leve” entre as três da federação.
O União Brasil do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, também é uma opção para a prefeita. E a sigla também deve ter nominata em SJB. Solidariedade e o Cidadania, que conta com um terço das cadeiras na atual composição da Câmara, também são siglas que devem lançar candidatos a vereador pelo grupo governista.
Incógnita do vice e os sinais
Outra dúvida é o nome do vice na chapa de Caputi, que continua um mistério. Apesar de muitos postulantes — na Câmara, no estafe administrativo e até entre os integrantes do gabinete da deputada Carla Machado — ainda não há definição. E nem indicações de possíveis preferências.
A reunião desta terça deve trazer alguns sinais sobre as possíveis definições. A conferir.